28 de fevereiro de 2014

CAFÉ FILOSÓFICO - MURO DE BERLIN(DA)



Os fatos, preconceitos, desrespeitos, injustiças sociais, corrupção, alienação social, tudo isso e mais coisas que se agregariam as demais, fazem pensar que já está na hora de ser construído um muro para dividir os poderosos dos demais. Poderosos incluiriam os ricos e os políticos, os demais seriam o resto da sociedade. Como o Muro de Berlim que dividiu irmãos, pais e filhos, grandes e pequenos amores, amigos e vizinhos. Esse seria para dividir classes; ricos e pobres. Por quê?
Se um pobre é gay, sofre bulling, violência e descriminação, mas se é rico, ou vai morar na Europa ou EUA, vira costureiro ou ator de novelas e filmes, fica famoso e volta por cima da “carne seca”, às vezes até com o sexo alterado e assim pode ser também modelo ou até político.
Se um pobre rouba um pote de margarina, é preso, esquecido na cadeia, sofre maus tratos e estupro, depois sai e se torna um marginal. Se um rico rouba uma loja fina é preso, é assediado pela Mídia, fica em cela especial, quando fica, recebe comida da família e depois é solto para cumprir penas comunitárias, quando cumpre.
Se um pobre falta ao trabalho é demitido, pede ajuda ao sindicato, mas infelizmente não é possível readmiti-lo e depois não consegue arrumar bons empregos. Se um rico ou político falta no trabalho é justificável, pois se for rico a empresa geralmente é da família ou ele é o dono, se for político, alega estar fazendo campanha ou tratando de assuntos com a sua comunidade. O rico continua mais rico e o político é reeleito na próxima eleição, afinal a memória do pobre é curta. Curta por falta de vitaminas ou excesso de alienação.
Poderíamos ficar escrevendo um livro sobre as situações, por isso vamos ao que interessa. Imaginar.
Imagine que um muro fosse estendido, separando OS RICOS E POBRES, cada um teria sua própria administração, seu prefeito, seu governador e até o seu presidente. Teriam sua própria polícia, seus próprios shoppings, suas igrejas, seus estádios, não podemos esquecer o FUTEBOL, seriam praticados em pomposas Arenas e nem o CARNAVAL, que teria um Sambódromo de última geração.
Os ricos seriam julgados pelos juízes ricos, presos por policiais ricos e se condenados, pagariam suas penas em penitenciárias na praia de Jericoacoara ou num Resort em Cancun. Não precisariam mais votar, pois o mais rico seria o Presidente e assim sucessivamente, o governador, o prefeito, os vereadores. Não precisariam mais se corromper, nem enganar seus eleitores com dentaduras, cadeiras de rodas, bola de futebol ou até entrada para o Show da Anita, bastariam apresentar o extrato da conta corrente.
Não haveria mais tocaias de policiais para surpreender bandidos com ampla divulgação pela imprensa, com fotos, locais onde estariam os “snipers” e como seria a ação assim que os bandidos chegassem para resgatar um prisioneiro. Atores não seriam presos por engano e não ficariam mais de quinze dias numa cela. Os corredores fantasmas para ônibus também não existiriam, pois rico anda de automóvel. Não haveria “rolezinho” em shopping, pois seriam construídos locais apropriados, com ar condicionado, open bar, poltronas estofadas, garçons e garçonetes e até baby-sister para os menores. Não haveria mais Mensalão só mensalidades pagas para poderem participar do clube. A Papuda seria transformada em museu. O Museu da Pobreza. Onde as pessoas poderiam visitar para saber como é o outro lado do muro.
E o outro lado do muro como seria?

COMO É HOJE, SEM TIRAR, NEM PÔR!

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