Criada e desenvolvida na Grécia
Antiga, a FILOSOFIA, tinha um único objetivo, desmitificar a visão que o homem
tinha por intermédio da RELIGIÃO, que na época eram difundidas pelas narrativas
míticas. Até aquele momento, os homens procuravam respostas para suas
indagações sobre sua existência. Sem respostas concretas criaram os MITOS.
Deuses e deusas, semideuses, Titãs, O céu e a Terra, o Olimpo e o Reino de
Hades e tantos outros. Se havia uma tempestade, culpa de Poseidon ou de algum
marinheiro ou pescador que tinha se esquecido da oferenda. Se queria um amor,
era Afrodite que iam procurar e assim por diante. Até que um dia um homem
questionou. Por quê? E começou a observar cada acontecimento, procurando
esmiuçar ponto a ponto até que encontrasse a razão. Nascia a FILOSOFIA. O amor
a sabedoria.
Deixemos bem claro, que nunca
houve uma guerra entre a Filosofia e a Religião, houve sim uma ruptura entre o
ACREDITO e o POR QUÊ?. Nunca houve uma guerra religiosa entre o povo grego,
assim como observamos, hoje e ontem, entre cristãos e muçulmanos, entre
cristãos e cristãos ou irmãos de raça como judeus e palestinos, o que houve foi
uma argumentação sobre o que se via, tão forte que até tentaram retomar o
crédulo com o filme Fúria de Titãs, onde os deuses estavam tristes devido aos
homens terem deixado de amá-los.
Surgia a Filosofia com os estudos
relacionados à existência, à verdade, aos valores morais e estéticos, ao
conhecimento, à mente e à linguagem. Esses homens buscavam o conhecimento de si
mesmo, sempre movidos pela curiosidade e sobre uma realidade fundamentada.
Hoje, ainda há debates fervorosos
entre a Filosofia e a Religião, tentando definir onde termina um e começa o
outro e qual a necessidade de se acreditar em um ou no outro, mas acredito que
o fato principal ainda é a alienação. Assim como os sacerdotes faziam
“terrorismo” com o povo sobre as penas que sofreriam nessa vida e no após
morte, caso deixassem de fazer oferendas e rezas aos Deuses, atualmente
acontece a mesma coisa e o pior que de forma mais abrangente, pois hoje com as
inovações tecnológicas o alcance é mais rápido e constante.
Acredito que as maiores batalhas
a serem observadas, são entre Tântalos e Eros, que acontece dentro do nosso
subconsciente, a de filosofarmos sobre o mal e o bem, que são praticados em
nossa sociedade, as injustiças que apenas assistimos nos telejornais e nos
programas sensacionalistas, sobre os homens que escolhemos, mal, para governar
nossa cidade-estado, sobre o poder que deixamos nas mãos de tão poucas pessoas,
apenas para não nos envolvermos, afinal dá muito trabalho e ainda é preciso
escolher o líder do BBB ou assistir o final da novela.
Filosofar não é difundir
violência, seja ela contra quem for, é apenas buscar a verdade numa razão e não
numa opinião e nem mesmo é um produto rotular que é usado para definir ideias
ou ações de um grupo específico, como “filosofia de vida”, “filosofia
política”, “filosofia da educação” e tantas outras. Filosofia é somente
filosofia.
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