Hoje vivemos um dilema pelas ruas
do país, uns pedem “Impeachment”, outros as cabeças de governantes e alguns a
Intervenção Militar. Como editor, escritor e cronista eu deveria me posicionar
de alguma maneira, mas nesse caso todos estão certos. Ou querem estar certos,
mas não podem.
Em 1964, os militares tomaram o
poder e essa tomada foi, como diria o folclórico presidente do Corinthians,
Vicente Mateus, uma faca de dois “legumes”, impediu, num primeiro momento, que
o país fosse envolvido pela utopia do Comunismo, processo esse vendido as
pessoas de baixíssima renda e trabalhadora, utilizando um lema da Aliança
Nacional Libertadora, “Pão, terra e liberdade” ou então mascarada na Igualdade,
Liberdade e Fraternidade, usada por intelectuais e burgueses franceses. Num
outro momento, porém, extrapolaram no sorver do néctar do PODER e causaram
mortes e castigos desnecessários em pessoas iludidas por frases de impacto de
pseudos-terroristas, que se intitulavam “lutadores pela liberdade”, assim como
Fidel Castro, Che Guevara, Hugo Chaves, Mussolini, Hitler, Stalin, Lenin, em
algum momento de suas vidas, mas que depois foram transformadas em terror.
Assim, estamos passando pela
mesma estação, em um trem que tem as mesmas composições, cores e apitos
musicais.
Fomos manipulados a ir para as
ruas por causa de uma Elba e levamos até nossas crianças com os rostos
pintados, e conosco estavam jovens como Lindberg Farias, trabalhadores como
Lula, ex-combatentes como Dilma, José Dirceu, José Genoíno e o povo sofrido e
marcado como gado. E agora? Somos taxados de elite branca, e o pior estamos
combatendo os mesmos manipuladores da liberdade e democracia daquela época. E
quantas Elbas seriam compradas agora?
Por isso, acredito que deve haver
Impeachment, as cabeças políticas devem ser cortadas nas guilhotinas das urnas e
se não adiantar e não formos ouvidos, sermos novamente empossados pelos
militares. Diferente apenas no quesito Comunismo, hoje é Consumismo. Um
consumismo exacerbado a ponto de se tornar criminoso e desdenhoso.
As ruas não serão suficientes e
não podemos deixar que nossa CONSCIÊNCIA seja calada por ruídos estranhos
vindos de lugares que tanto idolatramos no PASSADO e nos faça ficar no MARASMO,
travestido de Futebol, Novelas, BBB, Carnaval e muitos e muitos feriados e suas
emendas.
“Mesmo que calem a minha boca,
jamais calarão a mina consciência”
Kiko Zampieri.