25 de maio de 2010

O QUE?

O que?
O que eu deveria ter dito, mas não disse, por não saber o que dizer, e que poderia ter mudado tudo?
E hoje, ao invés de um "não", talvez tivesse escutado um sim!

O que eu deveria ter feito e não fiz para que tudo desse certo?
E ao invés de uma frustração, eu teria orgulho de mim mesmo por ter feito a coisa certa

O que eu deveria ter pensado?
O que eu deveria ter deixado de fazer para que a coisa não desandasse como desandou?
O que eu deveria ter ouvido que me fizesse mudar de idéia e ter tomado a atitude mais sensata?

O que eu posso fazer agora, para que, daqui pra frente, as coisas possam ser diferentes?
O que eu devo ter como norte a seguir?
O que eu faço com as coisas que tenho e com as lembranças daquilo que perdi?

O que eu serei daqui cinco, dez, vinte anos?
O que eu quero agora, já que nada tenho?
E o que mais eu posso querer?

12 de maio de 2010

ÀS VEZES, NÓS TEMOS QUE CHEGAR À CONCLUSÃO
QUE TUDO AQUILO QUE NÓS MENOS QUEREMOS
É EXATAMENTE AQUILO QUE MAIS PRECISAMOS
NO MOMENTO

7 de maio de 2010

ANDO

Ando cada vez mais dormindo menos, cochilando mais e deixando de ter sonhos
Ando cada mais cétido e menos crítico, mais cítrico, porém menos ácido (se é que isso é possível)
Ando perdendo todas as ilusões, todas; toda a ingenuidade, e todas as certezas
Ando perdendo os medos
medo de ficar sozinho;


medo de não conseguir o que quero; medo de querer
medo da morte; medo do próprio medo e dos segredos não-revelados
Ando tendo menos tempo e mais paciência; mais consciência, mais dúvidas e menos pretensão de dissolvê-las
Ando me acostumando a não saber das coisas e de ser surpreendido por minha ignorância.
Ando me acostumando a sofrer calado e rir de mim mesmo



Ando revendo meus conceitos e descobrindo que, na maioria das vezes, melhor mesmo é não ter conceito sobre nada, nem ninguém
Ando querendo menos, e sabendo reconhecer o que ganhei com o tempo e com a vida
Ando percebendo que a vida é indecifrável; uma simples pergunta sem resposta
Ando concluíndo que dois mais dois há tempos deixou de ser quatro, ora é cinco, ora é três, ora é zero...
Ando dando mais graças à Deus
Ando dando mais valor ao silêncio e ao que ele me diz
Ando tentando aprender a conviver com o que me falta
Ando descobrindo que o caminho por ande trilho não tem fim, nunca teve; eu que estive a me iludir esse tempo todo.