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A verdade é que pouco importa qual partido ganhará as eleições. Os perdedores já sabemos que somos nós. É impossível deixar de se constatar que ambos os partidos não têm uma real definição sobre os assuntos que realmente nos interessam. Discutem programas e ações paliativas, não idéias e análizes profundas sobre o cerne das questões essenciais para o presente e para o futuro do país. Trocaram acusações, ofensas, insinuações, indelicadezas e ironias durante os debates e no fim ainda trocam apertos de mãos e sorrisos para os cinegrafistas e fotógrafos. É tudo um teatro político; e nós é que acabamos nos enervando e nos indignando com tudo que vemos, ouvimos e ficamos sabendo. A prática política nos ensina a cada dia que as maiores ações devem ser tomadas por nós mesmos, já que os políticos parecem querer se perpetuar junto com os problemas que eles próprios criaram e que alimentam para deles continuarem tirando proveito. Estamos reféns de um nocivo círculo vicioso que apenas irá se desfazer quando tomarmos uma atitude mais ativa e menos contemplativa e remungona. Por enquanto a coisa vai seguindo desse jeito aí, feita nas coxas.