10 de março de 2014

O DRAMA DAS SEPARAÇÕES



Queridas amigas! É muito difícil falar sobre relacionamentos, principalmente quando esses chegam ao fim.
Recentemente, um amigo veio com um problema desses pedindo minha opinião.
Confesso que fiquei sem saber o que dizer e como proceder. Decidi ficar longe e não dar palpites, afinal em briga de marido e mulher é melhor não botar a colher.
Mas vou tentar exemplificar como funcionam os relacionamentos a meu modo de ver.
Para mim, todo relacionamento no início é igual, ou seja, só se enxerga qualidades. Tudo fica lindo, a palavra amor é a mais linda, a coisa flui mansa, não há contestação.
Mas quando se fala numa separação, todos se metem, todos aconselham e tudo sai da intimidade do casal para o mundo em que vivem. Todos os familiares, os amigos, colocam sua língua ferina em funcionamento, e mais lenha na fogueira. E havendo filhos, o estrago é ainda maior.
Quem se torna vítima nesse processo todo, são os filhos, que passam a viver num burburinho de hipocrisia. É guerra declarada mesmo.
Os pais só pensam em prejudicar um ao outro, e quanto mais na “m...” o outro ficar, melhor. É um prazer incrível.
E nesse processo de separação, somente o casal deve resolver o que fazer, ninguém mais.
Colocar filho nesse bombardeio então,é loucura, pois a referência de pai e mãe é fundamental na formação do caráter dos filhos.
Creio eu, por experiência própria que a separação é uma das coisas mais doloridas na vida de uma pessoa depois da morte. Luta-se e reluta-se para juntar os cacos, para manter tudo intacto, mas alguma coisa se quebra.
Por isso, quando a separação for inevitável, há que se preservar os filhos e manter a família unida e não deixar que ninguém influencie sua decisão. E nunca deixar que o amor se transforme em ódio.
Sempre tomar qualquer decisão de cabeça fria e sempre esperar a poeira baixar.
E se possível seguir o que nosso poeta Vinícius dizia: “O amor é lindo, infinito enquanto dura”, mas se acabou bola pra frente.

E fica a dica: Viver a dois é uma arte. Pratique!

7 de março de 2014

A FILOSOFIA SEM RELIGIÃO



Criada e desenvolvida na Grécia Antiga, a FILOSOFIA, tinha um único objetivo, desmitificar a visão que o homem tinha por intermédio da RELIGIÃO, que na época eram difundidas pelas narrativas míticas. Até aquele momento, os homens procuravam respostas para suas indagações sobre sua existência. Sem respostas concretas criaram os MITOS. Deuses e deusas, semideuses, Titãs, O céu e a Terra, o Olimpo e o Reino de Hades e tantos outros. Se havia uma tempestade, culpa de Poseidon ou de algum marinheiro ou pescador que tinha se esquecido da oferenda. Se queria um amor, era Afrodite que iam procurar e assim por diante. Até que um dia um homem questionou. Por quê? E começou a observar cada acontecimento, procurando esmiuçar ponto a ponto até que encontrasse a razão. Nascia a FILOSOFIA. O amor a sabedoria.
Deixemos bem claro, que nunca houve uma guerra entre a Filosofia e a Religião, houve sim uma ruptura entre o ACREDITO e o POR QUÊ?. Nunca houve uma guerra religiosa entre o povo grego, assim como observamos, hoje e ontem, entre cristãos e muçulmanos, entre cristãos e cristãos ou irmãos de raça como judeus e palestinos, o que houve foi uma argumentação sobre o que se via, tão forte que até tentaram retomar o crédulo com o filme Fúria de Titãs, onde os deuses estavam tristes devido aos homens terem deixado de amá-los.
Surgia a Filosofia com os estudos relacionados à existência, à verdade, aos valores morais e estéticos, ao conhecimento, à mente e à linguagem. Esses homens buscavam o conhecimento de si mesmo, sempre movidos pela curiosidade e sobre uma realidade fundamentada.
Hoje, ainda há debates fervorosos entre a Filosofia e a Religião, tentando definir onde termina um e começa o outro e qual a necessidade de se acreditar em um ou no outro, mas acredito que o fato principal ainda é a alienação. Assim como os sacerdotes faziam “terrorismo” com o povo sobre as penas que sofreriam nessa vida e no após morte, caso deixassem de fazer oferendas e rezas aos Deuses, atualmente acontece a mesma coisa e o pior que de forma mais abrangente, pois hoje com as inovações tecnológicas o alcance é mais rápido e constante.
Acredito que as maiores batalhas a serem observadas, são entre Tântalos e Eros, que acontece dentro do nosso subconsciente, a de filosofarmos sobre o mal e o bem, que são praticados em nossa sociedade, as injustiças que apenas assistimos nos telejornais e nos programas sensacionalistas, sobre os homens que escolhemos, mal, para governar nossa cidade-estado, sobre o poder que deixamos nas mãos de tão poucas pessoas, apenas para não nos envolvermos, afinal dá muito trabalho e ainda é preciso escolher o líder do BBB ou assistir o final da novela.

Filosofar não é difundir violência, seja ela contra quem for, é apenas buscar a verdade numa razão e não numa opinião e nem mesmo é um produto rotular que é usado para definir ideias ou ações de um grupo específico, como “filosofia de vida”, “filosofia política”, “filosofia da educação” e tantas outras. Filosofia é somente filosofia.