25 de janeiro de 2010

A ÚLTIMA VEZ

Quando foi a última vez que você tomou banho de chuva?

Quando foi a última vez que você andou descalço na rua?

Quando foi a última vez que você fez o que quis e não o que disseram que tinha que fazer?

Quando foi a última vez que você se masturbou sem sentir-se vazio após o orgasmo?

Quando foi a última vez que você cedeu o seu lugar para alguém que achou precisar mais do que você?

Quando foi a última vez que você sonhou acordado?

Quando foi a última vez que se viu obrigado a mentir por achar que a verdade machucaria alguém?

Quando foi a última vez que você disse “se deus quiser!”?

Qual foi a última vez que você rezou?

Qual foi a última vez que você amou de verdade?

Qual foi a última vez que você desejou que algo de ruim acontecesse com alguém de quem você não gosta?

Qual foi a última vez que você disse “eu te amo” sem achar que não estava sendo realmente sincero?

Qual foi a última vez que você se lambuzou comendo manga?

Qual foi a última vez que você acordou desejando ser outra pessoa?

Qual foi a última vez que você quis permanecer deitado um pouco mais antes de quer que levantar para trabalhar?

Qual foi a última vez que você, antes de cair no sono, se perguntou o que estava fazendo nesse mundo?

Qual foi a última vez que você perdeu a fé?

Qual foi a última vez que você cantarolou um canção qualquer em voz alta?

Qual foi a última vez que você andou sem rumo, perdido?

Qual foi a última vez que você disse “essa é a última vez”

Qual foi a última vez que você achou que iria morrer?

Qual foi a última vez que você achou ter encontrado o amor da sua vida, mas era engano?

Qual foi a sua última vez?

20 de janeiro de 2010

ANDAR CONMIGO

(Julieta Venegas)

Hay tanto que quiero contarte
hay tanto que quiero saber de ti,
ya podemos empezar poco a poco
cuéntame que te trae por aquí.

No te asustes de decirme la verdad
eso nunca puede estar así tan mal
yo también tengo secretos para darte
y que sepas que no me sirven mas.

Hay tantos caminos por andar...

Dime si tú quisieras andar conmigo oh, oh, oh...
Cuéntame si quisieras andar conmigo oh, oh, oh...

Estoy ansiosa por soltarlo todo
desde el principio hasta llegar al día de hoy;
una historia tengo aquí para entregarte,
una historia todavía sin final

Podríamos decirnos cualquier cosa
incluso darnos para siempre un siempre no,
pero ahora frente a frente aquí sentados
festejemos que la vida nos cruzo
Hay tantos caminos por andar...

Dime si tú quisieras andar conmigo oh, oh, oh...
Cuéntame si quisieras andar conmigo oh, oh, oh...

Si quisieras andar conmigo...

16 de janeiro de 2010

SONHOS

Digam-me, o que fazemos com os sonhos que não se realizam?

Sonhos irrealizados não somem, não se desfazem, se esfumaçam ou evaporam. Alguns sonhos se despedaçam, mas seus pedaços continuam presentes na atmosfera da memória, com seus estilhaços fincados na alma da infeliz criatura.

O que fazemos com esses sonhos?

Existem algumas medidas paleativas, algumas ações, atitudes e movimentos que fazemos para conter o impacto destrutivo de um sonho que não se realizou. uma dessas medidas é o adiamento. Adiamos os sonhos; nos convencemos que num futuro não muito distante, estes sonhos se farão presente.

mas chega um ponto em que não seguramos mais as pontas, o sonho empedra, nos desapontamos, e o que era esperança se transforma num vazio sem som. E o sonho vira um tótem gigante, uma esfinge que nos encara e pergunta: "o que fazer agora?".

E então, o que fazemos com os sonhos que não se realizam?

O que fazemos com esses sonhos cheios de som e fúria? O que fazemos com esses sonhos de eterna juventude e amor pra toda vida? O que fazemos com esses sonhos de mar de rosas? O que fazemos com esses sonhos de uma noite de verão shekespereana? O que fazemos com esses sonhos paradisíacos de virgens amorosas que esperam por seus homens-bomba? O que fazemos com esses sonhos de milagres de crescimento econômico do país do futuro? O que fazemos com esses sonhos que entopem armários e consciências?

O que fazemos com os sonhos que não se realizam?

Digam-me

9 de janeiro de 2010

2010

Mais um ano que se inicia, já parecendo meio passado
Ano de copa, de eleições e todo tipo de coisas que parecem não nos dizer respeito
Espera-se, deseja-se e até vaticinam coisas boas
Porque as coisas ruins parece que já são sabidas e esperadas
Que esse ano novo seja novo em tudo:
Nas intenções honestas e possíveis
Nas atitudes sensatas e comedidas
Na proposta de se arrumar o que está errado
e manter no prumo que já estava se ajeitando

Que esse ano, mais do que novo,
que ele seja bom e próspero para todos