9 de julho de 2009



Gente nasce, gente morre todos os dias, mas a morte de uns parece ser mais digna de atenção do que a morte de outros ou o nascimento de muitos. Nascer e morrer são processos naturais e irreversíveis, por mesmo, a morte e o nascimento são menos importantes, de certa forma, do que a forma como vivemos e como morremos. O nascimento é um parto, a morte é uma partida. Muitos vivem pensando na morte e em como querem morrer, e nisso desperdiçam a vida que possuem, já outros morrem com uma sensação de que poderiam ter aproveitado mais e melhor a vida vivida. Somos, afinal, o que fizemos e o que deixamos feito, ou por fazer. Nosso legado fala mais alto e tem mais importância, depois que partimos, do que até mesmo quem fomos de verdade. Quer seja o Michael Jackson ou Zé Ninguém. Cada um de nós tem uma herança que irá deixar; e essa herança é a história, a nossa própria história, que escrevemos diariamente, com aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, com quem nos relacionamos ou evitamos nos relacionar, com o que dizemos ou com nosso silêncio. Enfim, no final, o que resta, o que fica e o que será lembrado é a nossa real essência, seja ela boa ou ruim.

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