O dia primeiro de abril, no qual, podemos mentir descaradamente e ainda
acharem graça e algumas vezes até sermos cumprimentados pela criatividade, foi
institucionalizado como o Dia da Mentira, porém no Brasil, deveríamos
instituir esse dia como o Dia Nacional dos Políticos, claro que seria um
feriado, para que houvesse comemorações para esse grupo de trabalhadores
incansáveis.
Como símbolo desse Dia, teríamos Pedro Malasarte, que, para quem não sabe,
de acordo com o site Britannica Escola, era malandro, sábio e sedutor,
personagem famoso nos contos populares brasileiros, chegou ao país na bagagem
de histórias trazidas pelos povos da península Ibérica (Portugal e Espanha).
Malasarte vem do espanhol malas artes
(literalmente “artes más”), que significa “travessuras” ou “malandragens”.
Cheio de artimanhas consegue enganar todos os que cruzam o seu caminho,
poderosos, avarentos, orgulhosos ou vaidosos. Afinal é um malandro tentando
sobreviver.
E o que temos acompanhado pela mídia é um festival de Malasartes e
Pinóquios tentando utilizar a mentira como forma de justificar roubos e
arrombos, promessas e gritos de ordem são a mais popular maneira adquirida por
esses funcionários “exemplares” para mascarar ou até mesmo reforçar a sua
mentira.
Comprando a miséria de um classe oprimida e faminta para seus próprios
benefícios, a qual, está aumentando a cada ano e pelo correr da carruagem
financeira desse Brasil, em breve seremos 90 por cento miserável e os outros 10
por cento serão políticos.
Azaro nosso, só nosso, que nos deixamos levar por mentiras, ilusões,
e ainda acreditamos no Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Big Brother, Novelas globais e
que tudo isso passará depois do Carnaval do próximo ano.
Cansei de implorar para que acordássemos, estudássemos, lêssemos, que tivéssemos
um olhar universal e não umbilical. Agora só me resta dizer, no dia da mentira,
SOU FELIZ, SOU BRASILEIRO, COM MUITO ORGULHO. Ah! Vou deixar para vocês um dos
contos do famoso Pedro Malasarte:
Órfão de pai, Malasarte viu morrer sua mãe, ficando muito triste. Mas,
sendo ardiloso por natureza, do próprio cadáver quis aproveitar e ganhar mais
dinheiro. Saiu com ele e escondeu-o nuns capins, perto de um pomar. O dono
desse pomar era homem rico e violento, tendo comprado uma matilha de cachorros
ferozes para a defesa das frutas. Ao anoitecer, Malasarte levou o corpo da
velha e sacudiu-o por cima da cerca. Os cachorros acudiram imediatamente
ladrando e mordendo. Nesse momento, Malasarte começou a gritar pelo dono do
pomar, e quando este apareceu acusou-o de haver assassinado sua mãe, velhinha
inofensiva que entrara no sítio para apanhar um graveto de lenha. Sabendo da
ferocidade dos cachorros, Malasarte correra para impedir mas já chegara tarde.
O dono do pomar, cheio de medo, pagou muito dinheiro e ainda encarregou-se de
enterrar a velha com toda a decência.
Lembrou de alguém?
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