24 de setembro de 2015

KATY PERRY E A GLOBALIZAÇÃO - (PARTE 02)





Em 2009 escrevi um post sobre a Shakira e a sua carreira, sob o ponto de vista da globalização. Hoje, de certa forma, cabe a comparação com a figura que é um dos grandes nome do pop mundial. Katy Perry.
Filha de pastores evangélicos, e também evangélica, Katy começou sua carreira artística cantando em igrejas e gravando canções gospel, chegando até a gravar, em 2001, um disco só com canções religiosas e sob o nome artístico de Katy Hudson. Foi um redundante fracasso; culminado até com o fechamento da gravadora na época.


 Pois bem, oito anos se passaram, e algumas frustrações e discos e contratos cancelados, e a loirinha de olhos angelicais e que cantava músicas louvando a Deus, pintou os cabelos de preto, mudou o nome artístico, passou a usar roupas justas e com decotes generosos e trocou as palavras de fé por frases do tipo “eu beijei uma garota e gostei disso”. Suas performances nos palcos tornaram-se ousadas. Não raras foram as vezes em que ela apresentou-se completamente bêbada e desbocada.
Se ela sempre tivesse sido assim, seria totalmente aceitável e compreensível. As pessoas são como são; cabe a nós aceitar ou não o seu jeito de ser. Mas, contudo, todavia, entretanto...
Mais uma vez presenciamos a transformação, a transmutação de algo que era de uma maneira e que teve de ser mudada, adaptada, ajustada para o mercado pop, para agradar ao gosto do que determinam o que deve ou não ser consumido.
O tempo passa, mas os padrões impostos pelo “status quo” continuam determinando tudo que deve, e como deve, ser consumido e adorado. A máquina segue seu curso, rodando, com seu rolo compressor aglutinando, processando e devolvendo novas velhas concepções do que é bom.
Ainda assim, não nos custa ainda insistir na importância da não subserviência artística e ideológica, de continuar sendo quem se é e conseguir perseverar assim. Independente da sua etnia, origem ou da produção milionária que está por trás da pessoa.




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