31 de janeiro de 2014

GERAÇÃO INTERNET



(texto de Ana Claudia Cappelloti)

Por diversas vezes me pego a olhar a geração de hoje e comparo com a geração dos meus pais e chego à conclusão que algumas coisas mudaram para melhor e outras para pior.
Antigamente os jovens eram diferentes, tinham mais respeito, educação e não havia tanta violência nem tanta informação como hoje.
Eu, por exemplo, fui uma criança que pude brincar na rua de queimada, de bonecas, de casinha, enfim eu brincava, fui criança mesmo e tive infância, porque, para mim, brincar é isso.
Hoje, já adulta, vejo que as crianças brincam de praticar crimes e matar, e isso é um ponto negativo, mas também vejo que hoje somos mais bem informados que antigamente, ou seja, tudo está na Internet e em minutos sabemos de tudo com milhares de internautas interagindo. Sem dúvida isso é uma nova etapa.
O problema é que muitos utilizam esse recurso de forma errada, aprendendo só coisas ruins como por exemplo: fazer bombas, fazer movimentos arruaceiros ou então ficam 24 horas por dia na frente da tela do computador como se fossem zumbis e esquecem que lá fora existe um mundo. Esses que ficam assim nem sabem como agir socialmente quando tirados da frente do mesmo.
Sabemos que essa interatividade toda é boa, mas não podemos condicionar nossas vidas a um aparelho eletrônico.
Vemos computadores cada vez mais sofisticados, muitos jogos atiçando a violência, sexo explícito para quem quiser ver e aprender. E alguns sentimentos, como o amor, o respeito vão ficando em segundo plano.
É facebook, istagram, orkout, e muitos outros que vieram só para facilitar tamanha exposição, todos ficam sabendo da vida de todos. É interatividade demais. Conseguimos falar com pessoas on-line que estão do outro lado do mundo.
A única certeza que tenho hoje é que nada mais é impossível para o homem.
Nós que somos mais antigos só precisamos nos acostumar com essa linguagem que anda pela Internet, quase indecifrável e horrorosa, com muitas abreviações estranhas.
E saber que ainda estão pensando em fazer uma reforma na nossa língua. Acho que não precisa, pois a reforma está indo de vento em popa.
Está tudo bagunçado!


Nenhum comentário: