11 de agosto de 2010

AOS APRESSADOS

Aos apressados, que correm, se atropelam

que fazem de tudo para chegar à tempo

Aos apressados, que por serem apressados

chegam sempre atrasados

Aos apressados que se acotovelam e se ofendem

nos vagões de trem, no interior dos ônibus,

nas filas de banco, nas ruas e avenidas

Aos apressados que vêem a vida passar apressadamente

que brigam e se matam por migalhas

que estão sempre cansados (meus deus, que cansaço é esse?!)

Aos apressados mal educados, mal amados

maus seres humanos; apressados cretinos!!

Aos apressados que se alimentam mal

que nunca têm um tempo para si mesmos

que estão sempre a duzentos por hora, sem tempo à perder

Aos apressados, bastardos; medíocres!!

nunca chegarão na hora, nunca descansarão, nem quando morrerem

Apressados mentirosos, enganadores

que prometem o que sabem que não podem cumprir

que nunca têm nada a oferecer, mas sempre pedem algo

Aos apressados que não lerão esses versos

eles não têm tempo nem memória, nunca lembram das coisas

Aos apressados, vos digo: bon voyage!

2 comentários:

Ana Paula Pedroso disse...

Adorei...pressa do quê?Atropelar o bom senso e a humanidade para quê?Se fosse pressa de ser seria melhor!!!!Não recebi seu livro até hoje acredita??? bjocas Wilson!!

Rodrigo disse...

e aeee, Wilson ,,, 90% das pessoas no metro se encaixam neste perfil, era bom pendurar nos vagões para que elas lessem,,,