3 de janeiro de 2008

ANO NOVO DE NOVO

Mai um ano
Mais pedidos sendo feitos
Mais coisas deixadas por fazer
No ano que passou, agora tudo é passado
E nos prometemos não fazermos mais tantas promessas
E as promessas do ano passado que fiquem por lá, sem terem sido cumpridas

Mais um ano
Mais pedidos que serão negados
Mais coisas ainda por fazer
Nesse ano que se inicia agora, tudo finge que é novo
Fingimos, mas sabemos que as promessas que fazemos, não as cumpriremos
Mas fazemos promessas mesmo assim, só por fazer
Jogar no futuro aquilo que no presente já parece passado

Mais um ano
Como tantos outros milhares
Às vezes perdemos a conta dos dias, dos meses; às vezes.
Às vezes nos perdemos
Às vezes achamos que não estamos perdidos
Achados e perdidos
Pedidos e despedidas
No ano novo é sempre assim
Como tantos outros milhares

Mais um
Um ano novo
Um novo
Um amais
Mais um novo amais
Sempre gostamos de pensar assim
Que, de um dia para o outro, outra vida nascerá
Assim gostamos de pensar
Por isso continuamos pedindo, prometendo, comemorando

Ano novo de novo
De novo aqui estaremos
Fazendo promessas
Fazendo de conta
Achando coisas
Perdendo outras
Pedindo muito
Fazendo muito pouco
No ano velho ou no ano novo

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