30 de março de 2007

O Rato no Quintal

Oh, meu bem
Eles não respeitam mais ninguém
Para te humilhar, cospem no teu rosto
E não podes encará-los nos olhos

Meu bem
Eles são cruéis mesmo
Às gargalhadas eles atiram à queima-roupa
A consciência deles é feita de éter
Eterna perseguição nos é imposta

Oh, meu bem
Eles são muitos
Estão armados, não têm medo, não têm futuro
Eles jamais terão compaixão

Meu bem, meu bem
Para eles o respeito é uma vidraça a ser quebrada
Estão nos encurralando
Estão minando nossa resistência
Eles estão vencendo

Oh, meu bem
Meu bem, me diga
Quem são eles? Onde estão?
O que realmente querem?
O que podemos fazer?

Mas meu bem
Eles são realmente eles?
Será que nós não somos um pouco eles?
Será que nós não os estamos alimentando?
Eu só sei de uma coisa meu bem
Eu não estou mais agüentando

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